domingo, 20 de outubro de 2013

Gasometria Arterial


PUNÇÃO PARA GASOMETRIA ARTERIAL
A gasometria arterial consiste em um exame de grande importância clínica, além de ser amplamente disponível e de baixo custo, fornece informações que auxiliam o diagnóstico e tratamento de varias patologias.
INDICAÇÕES E COMPLICAÇÕES
O desequilíbrio ácido básico pode ser dividido em acidose e alcalose, tanto de origem respiratória como metabólica. As principais condições que alteram o PH sanguíneo são decorrentes de condições de insuficiência respiratóriahiperventilaçãoDoença Pulmonar Obstrutiva Crônica(DPOC), Pneumonia graveasma grave e outras.
Os distúrbios metabólicos também podem ser avaliados por esse exame, algumas condições podem causar tais distúrbios como: Cetoacidose diabéticainsuficiência renal crônicachoquepancreatite e etc.
Em geral as complicações, são pouco freqüentes quando a técnica de coleta é obedecida, as principais são:
·         Dor no local da punção;
·         Sangramento e formação de hematoma;
·         Lesão de nervos;
· Outras complicações como: trombose arterial, espasmos arteriaisembolização,pseudoaneurisma.

REVISÃO ANATOMICA
           A artéria braquial é a comunicação da artéria axilar. O pulso desta pode ser avaliado com o braço em extensão, palpando-s e medialmente o tendão do bíceps na fossa antecubital. A artéria radial aparenta ser uma comunicação da artéria braquial devido a direção que assume. Corre na borda lateral do antebraço até a região do carpo. Nesse ponto origina-se os ramos radiais para formação do arco palmar profundo e arcopalmar superficial.
artéria ulnar possui maior calibre do que a radial, no entanto seu pulso é menos perceptível. A formação dos arcos palmares ocorre  pela anastomose dos ramos das artérias radial e ulnar. Os arcos permitem a oferta de Oe nutrientes aos tecidos da mão, mesmo que uma esteja ocluída.

MEDIDAS GERAIS
A realização de quaisquer exames seja laboratorial ou não, deve respeitar as indicações e as contraindicações para sua realização.
Após avaliação da necessidade do exame e o esclarecimento ao paciente, devem-se seguir etapas abaixo para realização de uma punção arterial:

·                    Escolher uma artéria para punção de acordo com as condições do paciente;
·                    Garantir posicionamento confortável para o profissional e para o paciente;
·                    O profissional deve manter as técnicas assépticas (Luvas, máscaras, etc);
·                    Limpar o local da punção com anticéptico (Álcool ou PVPi);
·                    Injetar 0,5 em região intradérmica de anestésico local (Lidocaína);
·                    Acoplar a agulha á seringa e aspirar heparina para seu interior, de modo que todas as suas paredes fiquem em contato com a medicação;
·                    Desprezar o excesso de heparina, deixando aproximadamente  0,2ml no interior da seringa.
·                    Coletar três a cinco mililitros de sangue  e aplicar compressão local da punção;
·                    Após análise, descartar todo material em recipiente adequado.

TÉCNICAS DE PUNÇÃO

Artéria radial

      A artéria radial é escolhida por ser uma artéria relativamente superficial em sua posição distal, não apresenta outros vasos importantes próximos e ser de fácil acesso, permitindo conforto ao paciente e ao profissional para a realização do procedimento.
         No entanto, por ser um dos vasos de irrigação da mão, deve ser avaliada a capacidade de suprimento sanguíneo pela artéria ulnar. Para tal pode-se avaliar a circulação colateral por exames complementares como a Ultrassonografia Doppler ou arteriografia da mão. Entretanto, durante o exame físico essa circulação pode ser avaliada pelo teste de Allen.



CUIDADOS COM A AMOSTRA
Após a coleta do sangue arterial, ainda há atividade metabólica nas células sanguíneas na atmosfera, acarretando no aumento da pressão parcial de gás carbônico. Além disso, pode ocorrer à difusão de oxigênioatravés das paredes da seringa. Tal fato acarreta na queda da pressão parcial de oxigênio.
A escolha da seringa pode influenciar na analise final da gasometria. Estudos mostram que os gases tendem a ser menos difusíveis com o uso da seringa de vidro. Tais seringas também apresentam vantagens sobre as de plástico, pela maior facilidade para a coleta da amostra devido ao enchimento espontâneo do seu lúmen após a punção, enquanto seringas de plástico tendem a necessitar de sucção para seu enchimento.
Na tentativa de diminuir o metabolismo das células sanguíneas, o uso de um recipiente com gelo para guardar as amostras antes de serem levadas para análise é uma medida a ser adotada. Entretanto se a amostra for levada imediatamente para a análise, tal ação pode ser dispensada.

Deve-se evitar a formação de bolhas de ar no interior da seringa , quando presentes, deve-se retira-las colocando o recipiente em posição vertical.

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